sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

pra desejar.

e tá na hora dos rituais de ano novo..
de abrir o armário, jogar o lixo fora, desapegar-se de tudo o que for 2011 demais.
tá na hora de procurar roupa clara, sentimento claro. tudo o que puder brilhar.
porque o calendário nos concedeu uma oportunidade - mais simbólica impossível - de reciclar a pessoa que fomos. sentir e pensar coisas novas, atrair pessoas diferentes. é como se finalmente encontrássemos uma gaveta grande o bastante para guardar tudo o que tem acontecido e não nos agrada. e aí começar tudo de novo. tudo novo!

é bonitinho. o coração acredita de verdade em alguma magia na hora da contagem regressiva... como se o que nos separa da suprema felicidade, do sucesso e do amor fossem alguns segundos.
como se a taça de champagne fosse algum elixir de juventude.
a verdade é que não é segredo pra ninguém que to bem longe de ser uma pessoa fria. e é por isso que sou completamente apaixonada por essa atmosfera de fé.
só queria mesmo que ela não acontecesse uma vez por ano. e queria mais... queria que esse ano, quando a gente for dizer as palavrinhas de sempre "Feliz Ano Novo", "Bom 2012" a gente gaste pelo menos um minutinho desejando isso de fato... que a gente não caia no mecanismo de só repetir isso da boca pra fora... que tenhamos um pouquinho mais de consciência do que estamos dizendo pra pelo menos o universo - ou a entidade responsável pela sorte - captar bem a mensagem. não apenas diga, deseje mesmo.

e quando você tiver praticado isso bastante, talvez você possa aplicar o mesmo exercício ao "bom dia", "boa tarde", "boa noite", "feliz aniversário".
pra que essas falas deixem de ser provas de educação pra significar uma porçãozinha de consideração também.

e depois disso sim, me sinto digna de te desejar um LINDO 2012. que você tenha saúde emocional, mental e física e que tudo ao seu redor te presenteie com boas doses de sorte. - você vai ser feliz assim.

life in plastic is fantastic!

(ao som de)
estive pensando e é engraçado como nunca escrevi nada pra você...
acho que pra ser sincera, foi o senhor mesmo que nunca quis dar pano pra manga. ou cortou os que eu geralmente invento sozinha.
é que você é assim, seco. e não alimenta muito a minha imaginação.
mas o que eu queria que você soubesse, você vai acabar não entendendo. porque é inteligente demais pra tantos assuntos, mas burro demais pra se identificar nesse texto aqui. como naquela alfinetada acolá.
é que bem, não me faltam amigas a desenrolar mil teorias do quão perfeitos um pro outro nós somos, mas você é idiota demais, inseguro demais, infantil demais pra ver.
pior do que essas, existem as que extrapolam. que logo alegam o quão superior a você eu sou e como isso é potencialmente assustador.
perdoem-me, lindas... sei que suas intenções, se não forem boas, más não são - que maldade há em se livrar de uma ladainha repetitiva como a minha? - mas o fato é que cada neurônio meu contraria seus consolos bobos. é que ofende a minha inteligência dizer que quando um cara te quiser ele vai ficar com você, mas que quando ele te quiser muito ele vai te falar sobre outras mulheres, vai te dispensar, te diminuir.

perdão, mas além do mais, não me considero uma atriz boa o bastante para perder meus dias aqui, encenando o que não somos. não, não sou sua melhor amiga - porque ainda não consigo não reagir às suas mensagens, ainda não consigo manter a voz estável quando te atendo, ainda não consigo jorrar palavras quando nos encontramos.
dispensada a teoria da amizade incondicional? por favor!
sei também que jamais suportaria um relacionamento com vossa senhoria. sei que não consigo não debochar das suas besteiras tão debocháveis. e nada saudáveis, nada divertidas. gosto de idiotices - de estupidez não.
então fico assim, nesse impasse: não te odeio, não sou sua amiga, não gosto de você.
vou ter que encarar a minha última hipótese...mais uma vez, the oscar goes to: o meu ego.
é que talvez, eu ainda não tenha engolido seu desinteresse quando eu investi alguma expectativa em você. ainda não entendi que você possa ser imune às minhas virtudes tão amáveis a um machista. poxa, é que eu sou uma princesinha... uma boneca! costuro, lavo, passo, obedeço, cozinho. sou fofinha e educada. sei revelar mais algumas outras faces também. sei me adaptar.
é aquela velha história da minha amiga Barbie: "you can touch, you can play, you can say: I'm always yours."
e me desculpa, mas essa minha linha de atuação não admite sua recusa em ser o Ken.
não que eu me orgulhe do meu joguinho de poder - ou melhor: não que eu queira dizer que me orgulho - mas fato é que ainda me pergunto o porquê desse seu comportamento no mínimo indecifrável. acho que me desacostumei a lidar com pessoas externas ao meu fantasy world. bom, de qualquer forma, ou lido com essa derrotinha psicológica ou você se explique por favor.
e tenho achado a segunda impossível, mas de longe mais provável que a primeira.
conto com você, dear.
and I can beg on my knees...





carinhosamente,
your doll.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Aos que escolherem mal,


me propus a ser alguém pra comer todas as jujubas verdes do seu pacote... pra fazer tortas pra sua mãe e maquiar a irmã mais nova. pra emprestar filmes pro seu pai, ouvir as histórias repetidas da sua avó, te fazer carinho, companhia, falar e ouvir... perder pra você no videogame, assistir às suas peladas, ajeitar seu colarinho me sentindo a mulher da sua vida...
ser apresentada ao seu porteiro, ao seu avô, aos seus amigos. tolerar sua inabilidade para a dança, rir das piadas péssimas e suportar seus momentos insuportáveis.
mas entendo que você prefira uma noite na boate, um carnaval no interior, uma velha amiga com menos roupa que volumes - e muitos abraços, uma noite jogando, um filme de luta, uma partida de futebol.
bem, espero que seu novo alguém coma todas as suas jujubas vermelhas e roxas... desfrute das amarelas.
cordialmente,

domingo, 25 de dezembro de 2011

quando vieres.


é que estou devorando os livros que nunca li,
e não paro de pensar nas músicas que nunca ouvi.
e com um desejo louco por um prato que nunca comi.
procurando hospedagem num lugar que no mapa não encontrei.
ligando para números que eu inventei.
inchada pelas lágrimas que eu nem chorei.
com os pés cansados por sapatos que nunca comprei.
me arrependendo de dizer o que eu nem pensei.

completamente apaixonada por você - que nunca conheci.

sábado, 24 de dezembro de 2011

like you.

e fosse como fosse, quem é que arriscaria em palpite tanto desenrolar?
grande doce redonda alaranjada caixa de sonho cor gosto luz e carinho;
deve ser boa a sensação de ser a melhor coisa que já aconteceu pra alguém...

i'm sorry if i didn't show while it was posible for you to understand how far away my feeling for you could go. i think i didn't notice it either when it was soon enough. when i was close enough. and i'm not saying it's too late. i'm just saying it's late, and cold, and lonely. but when we say 'too late', we usually mean regret, failure. and when we say 'late', we can only mean gone. done. finished. past. and this is just life's normal course. not my fault, and not even yours.
just miss you now, tonight, as i've missed last night and as i am certainly gonna miss tomorrow night.
and the night after.
and the other one.
until the day this feeling will come back - because of course it will... not exactly for you - next time for someone else...

someone like you.

vestidinho velho.

é só que nessa competição de quem chora mais pelo outro, até onde eu me lembro, tô ganhando com larga vantagem.
e é por isso que eu te peço que pare de dramatizar. que pare de comover multidões em seu favor. passei por problemas semelhantes quase sozinha. você vai ficar bem como eu fiquei!
só não estou disposta a ver anos voltando. a ver problemas se refazendo. já tenho tantos com os quais lidar. por que mesmo vou querer reviver os já superados? faça-me o favor, senhor. ponha-se no seu lugar e me deixe desfrutar o mínimo de paz de espírito que eu tratei de conquistar pra mim!
onde é que já se viu tamanho egoísmo? aqui não, bonitão.

e francamente... aqueles meus delírios de "queria que você sentisse o que eu estou sentindo" foram evaporando com o tempo. não tem mais nada a ver com isso. mesmo.
é que hoje, a única diferença entre você e um estranho - pelo menos sob um aspecto - é que você é o que não merece compaixão. e não é nem por eu guardar algum tipo de revanchismo. não, não. não quero que nada de ruim aconteça pra você. só optei - justamente, eu creio - por me fazer feliz sem passar você na frente.

peço que avise ao reizinho que mora na sua barriga, que aqui quem manda é o parlamento.
no mais, boa sorte em tudo o mais que queira tentar que não seja eu.
realmente desejo que você não repita os mesmos atos falhos. e se repetir, lamento, mas que seja bem longe daqui.

"não imagine que te quero mal... apenas não te quero mais."

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

guns and roses.

fui entender que das pessoas de quem não gosto, pouco me importam os pensamentos e só me afeta o que é dito.
com meus afetos é o contrário. dou a vocês a liberdade de dizerem sem magoar. o que me fere esse caso é o que vocês pensam.


saco de pancadas não.. o nome disso aqui é coração.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

cárie emocional,

insignificante como é, eu sei que agora me provoca uma sensaçãozinha de fracasso tão incômoda e branda.
não é latejante, não é dolorido, não é dramático... é mais como aqueles pontinhos pretos em superfícies claras - irritantemente pequenos e uma vez notados, não podem ser ignorados de jeito nenhum.

é que eu não errei com você de uma forma clara e pontual. o que é pior porque o processo todo foi longo.. uma sucessão de pequenos passos em falso. e um milhão de oportunidades de me redimir jogadas pela janela.
esperto esse problema que ao invés de derrubar uma parede resolveu roer o centro de cada tijolinho condenando toda a construção de um modo irreparável e lento.
triste vontade de querer que tudo tivesse sido diferente, sem nem ter a ousadia de desejar uma volta no tempo - porque não me julgo esperta o bastante pra fugir das armadilhas que naquelas épocas eram tão atraentes...
se eu tivesse que repetir, faria tudo exatamente igual - com o benefício de me despedir direito dessa vez.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"o último dia de nós dois"

ao som de: http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=9in_2bpi2Bg
que o último dia de nós dois teve as confissões que o conforto da calma nos impediu de fazer antes.
quando havia calma, havia a garantia de um dia seguinte.
não ter o que dizer doía, mas dizer qualquer coisa doía também. e dor por dor, quem é que pode escolher?
quem não tem a voz embargada de choro, eu penso.

e o seu valor em mim deixou de ser sensação pra ganhar o título  de certeza. de que a sua marca ficaria de algum jeito mais permanente.
e você me olhou com mais cuidado, mais detalhamento, mais vontade de fotografar tudo ali - num 3D com cheiro, sabor e tudo o mais a que se tiver direito.
e você fez a fineza de me fazer completamente feliz. de se sacrificar em ser alguém mais parecido comigo do que com você mesmo - por um dia que fosse, o nosso dia.
e você só me prometeu o que eu queria ouvir. e você escondeu o que infelizmente sabíamos desde o primeiro dia.
e tocamos em assuntos intocáveis. discorremos sobre a morte da bezerra, a transcendentalidade da margarida e nos esquivamos das verdades cruas, muito mais pontudas. nos consolamos da dor que nos causávamos.
e me travam as mãos agora a vontade de traduzir um momento tão longo, tão fundo.
e me travavam também as palavras. é que doía, fazia querer chorar. essas emoções muito grandes parecem sempre injustiçadas se verbalizadas, não?

é, acho que eu não estou pronta pra desabafar isso ainda. acho que dá medo demais das lembranças me escaparem assim. eu tenho um apego muito grande pelos meus traumas também.

sábado, 17 de dezembro de 2011

aos que me mudaram e depois mudaram,

e o que eu vou te contar hoje é um pedacinho do tanto que eu fiz por você.
fui decorando minha personalidade com tanta coisa que só agradaria a você... e que é claro, não agradou - é, eu devia ter acreditado um pouquinho em todos aqueles sermões sobre "be yourself".
sempre achei um porre de papo de estraga-prazeres isso... mas partindo-se do conhecido: não podíamos ter sido piores juntos, talvez o conselho cliché não fosse tão infundado assim...
enfim...
é que os retalhinhos de você em mim, não caíram tão bem aos seus olhos mas acabaram resultando em algum tipo de arte final que me agrada sabe? a gente se adapta, poxa. a gente aprende a gostar do que se forçava a aturar tempos atrás.
e é por isso que no fim das contas, eu talvez deva um obrigada a você também.
foste assim, um peso morto... uma âncora pro meu navio. mas contribuiu de algum jeito pra um desfecho que a certo modo me agrada hoje.
é que se lembra daquela banda que eu só ouvia pra te impressionar? é do caralho mesmo...
e sabe aqueles lugares que eu aprendi a frequentar só pro caso de te ver por lá? hoje eu preciso te dizer, combinam muito mais comigo do que com esse restinho que existe de você. aliás, longe de mim dizer que você sempre foi uma pessoa meio pequena...meio "restinho" - ops, falei.

então termino isso daqui da maneira mais educada e bem resolvida possível: reconhecendo um saldo positivo numa merda de história medíocre. é, devo estar mesmo madura pra me pegar pensando nisso sob essa ótica.

um abração,
da desesperadamente sorridente - mas pode chamar de eu.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

parte 2/1000

compulsão.
comidachocolatesapatobolsapessoarelacionamento
chocolatechocolatechocolate.
vocêvocêvocêvocê.
comprarcomprarcomprar.
o mais engraçado no vício é que a cada vez que cedemos ao prazer que ele nos dá, sentimos que aquela ação, seja ela qual for está trabalhando pra nós. se o alívio é meu, quem manda aqui sou eu, não?
não.

nunca tive pressa. tive sempre ansiedade. e cuidado pra não confundir os dois.
pressa diz respeito à velocidade. ansiedade diz respeito à desfecho.
quem tem pressa quer que chegue rápido. quem anseia quer que corra bem.

garanta-me que vai ser perfeito e pronto! estou livre de pensar no assunto até o dia em que esse futuro se concretize.
o problema é que pra pressa não tem solução. ainda não há quem mude o tempo e o que os apressados ganham é impaciência ou frustração.
pra ansiedade não. pra ansiedade tem remédio. tem calorias em pacotinhos promocionais no supermercado. tem cartões e mais cartões de crédito. tem compras parceladas em 107 vezes. tem relacionamentos destrutivos à vontade. tem obsessões - que no mínimo ocupam a mente até que nos lembremos do quanto é difícil conviver com o medo do fracasso.
e são remédios que expiram. e que exigem doses cada vez maiores, sem nenhuma tendência à cura ou à alta.
e tem mais. esses vazios estratosféricos dificilmente se preenchem com pouco. com unidades.
é preciso muito muito muito de tudo.

acho que essa é a história de como eu abracei minhas compulsões.

enough!

e me cansei.
aliás, me cansei não.. tenho me cansado - e já faz anos.
tenho me cansado das suas inconstâncias... do calvário cotidiano que é  nunca saber se seu humor é bom ou ruim, se me receberás a pedras ou a beijos. não! agora não. não quando a dor vem mais clara e desesperançada. não quando a lucidez vira um holofote sobre a fachada que há tanto tempo esconde os nossos problemas, que a seu ver sempre foram meus só.

seus defeitos me enjoam e eu fico mortificada de pensar que não consigo expressar de uma vez - e nem de tantas vezes - os problemas e desgastes que acontecem há todo tempo e há tanto tempo. existe briga, existe explosão e existe conversa pra resolver coisas que pontualmente acontecem. o que prejudica a nossa relação é muito mais o que se ignorou do que aquilo que é enumerável. os medos que senti de dirigir-me à você infinitas vezes, são mil vezes maiores, ainda que menos notáveis do que nossos "poucos" conflitos gravíssimos.
guerra fria, incompatibilidade, rejeição mútua. chame do que for - mas de amor, não.

e mais uma vez, se me permitir tamanha arrogância peço a você que vá tratar seus problemas e frustrações longe da minha vivência. não queira me privar do que não pode ter ou de algum modo se arrependeu.
não reproduza em mim o seu parâmetro de integridade. é que talvez você não saiba, mas existem escolhas que são levemente pessoais, e seu direito não é maior do que a minha individualidade.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

chuva e sol?

só não te quero ver assim: louca, quieta, melancólica.
é que me dói, meu bem, ver alguma coisa doer em você assim. é que um dia doeu em mim também, sabe. e eu enxergo hoje que cresci, mas não vou ser dessas amigas comuns, que te dirão mil coisas como: "voce é melhor que isso" ou pior, um "esquece, vai.. bola pra frente". nao, flor, nao te peço que aprenda com os erros dos outros, porque esse conselho nunca nunca me ajudou.
terá seu problema, como sua alegria também. e nao se poupe de nada por isso nao, porque toda dor é muito importante. nao porque traz algum crescimento - e acaba trazendo sim - mas porque problemas geralmente exigem sua presença... e por isso, falha qualquer um que tente ignorar sua existência ao invés de aceitá-los e tratá-los e discuti-los. sao problemas, pequenos, bobos, muitos, ou o que for, mas sao seus também.
e quer saber mais? você já deve ter ouvido isso antes, mas são esses seus castigos injustos de agora, que vão te dar consciência do quão bom é ser feliz quando as alegrias vierem. e elas virão.

hoje aqui, amanhã também.

mas às vezes funciona e às vezes não.
às vezes dura muito e às vezes a gente só se interessa por um outro assunto.
às vezes Benny and The Jets até soa poético e às vezes só como baboseira pra acompanhar um bom astral.
às vezes a gente tem uma vontade louca de se desapegar e às vezes dá um medo danado de se ver só.

e não deve ter mal nenhum nisso. é por isso que eu prefiro não confiar nas minhas decisões cheias de certeza absoluta. é por isso que eu prefiro não apostar a vida nas minhas intuições. que eu prefiro não me programar olhando para o céu do horário de verão.
e é por isso que eu nunca quis pagar antecipados 6 meses de academia. que eu nunca quis jurar meus amores. nunca quis escolher que roupa usar com semanas de antecedência.
nunca quis pagar uma previdência. nunca quis entrar em consórcios.
nunca quis me tatuar. nunca quis votar - não sei apoiar por 4 anos um mesmo candidato.
quis sempre mudar. quis sempre tudo já.
nunca quis me casar também. e adivinhe só? com você fico em dúvida.

tenho desistido dos sétimos sentidos em amor aos sextos. tenho aprendido a repetir sentimentos como quem repete músicas. tenho comprado filmes em lugar de alugá-los.
tenho até guardado meus livros em lugar de trocá-los.

e poxa, tenho visto que posso me preocupar com alguém. alguém além de mim. tenho ganhado uma constância que eu nem acreditava poder ser sincera.
é, a gente muda e nem nota mesmo.

sábado, 10 de dezembro de 2011

baseado em fatos reais.

um dia desses ouvi de uma amiga que a gente estraga tudo por causa da nossa arrogância.
e talvez seja mesmo... faz sentido pensar que a gente despreza tudo o que vem fácil - porque ao nosso ver qualquer coisa que não exija sacrifício, sofrimento e muito drama é patético - porque se vê muito capaz de alcançar coisas mais exigentes.
e a segunda parte do processo é ainda mais louca... não sei se isso se aplica, mas notei como já tive problemas com pessoas que possam de algum modo ser consideradas "inferiores". e acho que o problema tá exatamente nessa consideração. quando temos a arrogância de classificar as pessoas assim, acabamos lidando muito mal com um possível fracasso... aquela velha frase-consolo "ele não te merece" é o pior dedo na ferida que eu já escutei. porque imediatamente evoca a resposta "nesse caso, acho que ele deveria aproveitar que tirou vantagem. ficar comigo e agradecer ainda por cima, não?". e a pancada vem mais forte nesse caso. a gente aceita fraquejar e fracassar numa situação que julgamos grandiosa, mas com alguém tão ínfimo? inadmissível!
é extremamente desapontador sair perdendo numa situação que parecia ser tão controlada, e que talvez a gente tenha escolhido justamente por esse fator segurança.

triste. acho sempre chato reconhecer que o ego é a raíz de tanto problema na vida da gente. é vergonhosa essa obsessão por nós mesmos, não?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

cinza.

passam e voam anos. eles crescem, vivem tudo, se apaixonam por outras pessoas.
acontece que linhas ali foram cruzadas... há tempos. e não vão se descruzar.
ele tem um trabalho maravilhoso, uma noiva linda. ela tem viajado o mundo num incrível sucesso acadêmico.
e um para o outro é uma parte nebulosa - e por que não boa? - do passado. e de qualquer forma passou mesmo.
imagine só, ele parou de fumar. e ela? ela já não perde meses saindo com idiotas incapazes de enxergar algo além dos próprios narizes.
já não se flagram relembrando nada em noites sós com dois dedos de choro e o resto de um whiskey pesado.
e o que há de mal resolvido está tão bem enterrado.
ele agora corre todas as manhãs e ela parece ter mesmo se adaptado com aquela nova dieta macrobiótica.
ele vai se casar em poucos meses e ela tem uma lista de possíveis 'amores da vida' assim, bem organizada e disponível.

equilíbrio sim, felicidade não. não tão rápido. tão lógico assim  não pode ser.
não pode ser que a alegria que a humanidade passa a vida perseguindo esteja ao alcance da estabilidade.
como se ausência de problemas significasse a presença de satisfação. pirou?

e pronto - estopim!
aquele amigo antigo dos dois liga. montou uma exposição de curtas e é claro que seria essa a oportunidade perfeita pra um passado no mínimo inoportuno - e calculadamente inconviniente - dar as caras.
é claro, ela estaria na cidade exatamente naquela semana.
e é claro, a noiva dele estaria ocupada em algum compromisso de Estado como a inauguração de uma loja de esmaltes para poodles.
e é claro, o maldito salão escuro reservaria dois lugares que seriam naturalmente ocupados por aqueles dois.
e eles se olhariam atônitos, assustados, envergonhados e se lembrariam de sorrir - como os bons adultos civilizados que eles haviam se forçado a ser nos últimos anos.
é que ele não ouviria dela outra vez que era mentalmente pequeno e incapaz de fazer algo pelo bem de outro alguém.
ela também não suportaria o olhar entediado dele, sugerindo que ela parasse de se preocupar tanto, de lhe exigir tanto, de se exigir tanto.
não - de novo uma pancada assim, não.

e é claro - eles passariam todos os minutos da mostra sem desviar os olhos do telão e sem enxergar nada de fato. num torpor que só uma volta no tempo é capaz de causar. ele bem armado para não mover o braço um milímetro que fosse. ela ali, reprimindo seus arrepios para que um pêlo eriçado não tocasse o homem ao lado.

e é lógico - outras situações absolutamente tensas, propositalmente - por conta de um destino irônico, talvez - os colocariam próximos demais naquela noite.
irônica a repulsão causada pela vontade de se aproximar. nada mais assustador do que o impulso natural do toque, não?
e se evitaram ao máximo, não se olharam, e viveram horas de terror, grudando os olhos no relógio e se esforçando para reprimir os batimentos rápidos demais daqueles corações recentemente tão acostumados à calmaria.

mas o revoltante no que diz respeito aos nossos impulsos é que eles são quase sempre como crianças pouco domáveis. e parece que ter consciência deles não aumenta nosso poder sobre os mesmos.
e talvez por isso - ou por vontade própria, quiçá - ela foi a primeira a falar:
- soube que você vai se casar - e sorriu o sorriso mais quebrado que alguém já teve. e sentiu isso, amaldiçoou-se mentalmente por esse pedacinho de espontaneidade que lhe escapava ao controle. logo ela, uma mulher bem sucedida, ali, refém de uma historinha adolescente? não, isso não.
- na verdade, é verdade. eu pretendo me casar sim. - respondeu ele, absolutamente surpreso e empurrado para a lembrança do que era tão encantador naquela pessoa que lhe encarava no exato momento.
- hum, que você tenha tudo o que tentamos e nunca conseguimos ter. - desejou ela, com um requinte de sinceridade além do esperado.
- pra te ser sincero, o que eu desejo pra qualquer relacionamento, meu ou seu é que eles tenham a única coisa que nós tivemos e que nos manteve assim, cativos.

e é claro, ele voltou a fumar. ela fugiu pro outro lado do mundo. e vivem bem, lutando dia a dia contra o fantasminha de um fracasso que parecia assim, tão idiota e tão certo...e tão iminente.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

.

se um dia voce procurar um cara pensando em terminar tudo e o encontro terminar em risadas ou qualquer coisa diferente de drama, case-se com ele.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ahh, o amor próprio

mas a gente cresce escutando um papinho pronto de amor próprio...
porque se a gente não gostar da gente quem é que gosta?
não vou discordar.

eu só acho que todo mundo aprendeu a interpretar isso de um jeito um pouquinho errado.. a gente resolveu achar que ter amor próprio é ignorar as coisas que a gente sente, pra sustentar uma fachada bem forte... a gente acha que ter amor próprio é não pedir desculpas, é não começar uma conversa que a gente tanto quer, é não facilitar nunca pra ninguém... porque a gente pensa que sendo assim  - uma pessoa tão difícil - a gente só pode atrair alguém que goste de verdade da gente... que esteja disposto a ganhar patadas, a correr atrás quando nós estamos erradas, a nunca ouvir nada bom.

quando eu encontrar um amor, eu faço questão que ele não venha com esses joguinhos de poder.. essas dissimulações e simulações. que as coisas corram mais naturalmente, que eu possa ligar, que ele possa ligar, que a gente não tenha a necessidade de ter o outro na mão, contanto que a gente possa ter a mão na mão do outro.
de uns tempos pra cá, tenho percebido como meu amor próprio funciona de um jeito diferente...
eu percebi como eu fico mais feliz quando satisfaço os meus desejos, quando me dou a liberdade de começar uma conversa, de demonstrar um sentimento... tenho percebido que a gente tem que se fazer feliz ao invés de seguir manuais de instruções...  foi quando eu fui perceber que só gente muito imbecil pode me considerar alguém inferior pelo simples fato de eu manifestar o que eu quiser. por eu pedir desculpas, por eu ligar de volta, por eu ceder quando estiver errada...
foi aí também que eu vi, que não estou muito interessada nesse tipo de gente.
e é por isso que de uns meses pra cá resolvi fazer a minha campanha individual em nome do meu conceito de amor próprio. e é por isso que de uns tempos pra cá eu tenho dito pras minhas amigas: pode adicionar, pode puxar papo - e não, isso não significa rastejar... significa ter a segurança de fazer algo que você tá querendo muito. e eu sinceramente não consigo imaginar um amor próprio que não tenha a ver com satisfação das vontades.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

shake'n squeeze

mas é assim mesmo, a gente acaba se cansando dessas pessoas 'agite antes de usar'
é que não é normal uma hora na manicure importar mais do que todos os problemas do mundo... não é normal estar preocupadíssima com a sucessão de John Galliano sem nem mesmo saber o nome da presidenta do Brasil. pra quem não acompanhou, Galliano foi o estilista afastado da Dior por pronunciamentos racistas. aliás, não é normal que nesse caso te preocupe mais a próxima coleção de bolsas - estonteantes, maravilhosas, eu sei, mas não exatamente o centro do universo - do que o fato de no século XXI pessoas ainda sentirem, alimentarem e manifestarem o absurdo ódio étnico.
não entendo também que alguns exercitem tanto o corpo e tão pouco o cérebro. que venerem o vazio intelectual como um bom indicador de qualquer parâmetro estúpido.
eu não consigo achar normal que as pessoas tenham crescido habituadas a não respeitar, a não agradecer, a não fazer pedidos educados. não, pequeno rei, seu pedido não é uma ordem.
não faz sentido também que a gente seja assim tão egocêntrico das próprias e pequenas dores - isso é uma falha muito muito humana e que merece ser combatida todos os dias... um pouquinho de altruísmo traz uma evolução incrível. mesmo!



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

a entrega do buquê.

só não te quero assim, esperando por um grande amor com ares de quem espera por um táxi em dias de chuva...
não te quero assim, tão ansiosa, fazendo sinais desesperados na tentativa triste de parar o próximo que passar e na decepção mortífera de vê-lo já ocupado. e não quero porque até que o carro pare, o período de espera pode ser chamado assim mesmo: espera, tempo perdido, porque se pretende sair dali, se pretende chegar a um destino, mas no caso da grande paixão, o tempo de espera, geralmente é chamado vida.
quero que você espere por esse destino mais como quem espera pelo próximo aniversário, ou pelo próximo verão... vale a pena contar os dias numa ansiedade comum à tudo aquilo que esperamos que seja bom, e que eu prefiro chamar de otimismo ou esperança só que há nesses dois casos também, uma segurança muito grande de que o esperado chegará e de que você não precisa - e nem pode - fazer nada para abreviar isso... e cá entre nós, nunca vi primaveras depressivas fazerem verões chegarem mais rápido e nem 17 mal vividos apressarem a chegada dos 18.

sábado, 26 de novembro de 2011

to te deixando ir...
quem sou eu pra prender seu fantasma?

Let it go, let it be, let it burn... you'll learn!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

a uma amiga qualquer:

é só mesmo porque estive pensando em parar de despetalar o coração nesse joguinhos estúpidos de bem-me-quer e mal-me-quer.
e tenho pensado também que já não me interessa a pequeneza desses joguinhos de poder. me satisfaziam bem em tempos mais infantis, mas poxa, acho que o passar dos anos deve servir pra algo além da mudança aparente que nós duas tivemos.

acho que tá chegando o momento de perceber que os bonitões idiotas não são exatamente crianças esperando por uma mãe para serem educados; não são românticos amaldiçoados por uma decepção que estão esperando pelo seu encanto de fada madrinha e não, não são vítimas que necessitam de você. são idiotas, por uma gama sem fim de motivos que nada têm a ver com você e cuja resolução está bem acima do seu alcance.
tá na hora de começar a se apaixonar por pessoas minimamente virtuosas, minimamente saudáveis, porque assim é que se tem amores, ao invés de adoções, perseguições ou platonismos mesmo.
e acredite, eu precisei de bastante tempo pra perceber que o primeiro caso tem muito mais a ver com egoísmo do que com fragilidade - e não, isso não é uma ofensa... só o que eu tenho notado é que a gente vive alimentando essas causas impossíveis só por uma necessidade bem particular de auto-afirmação. já imaginou o que seria do seu ego se você fosse A MULHER que transformou o bonitão inatingível? vive sonhando com a ideia de ser a exceção pra alguém?
a gente precisa encontrar logo um modo de se livrar dessa síndrome de Midas, de querer transformar as coisas em ouro com um toque. a gente precisa ser um pouco mais segura de si, um pouco mais serena nessas nossas paixões. e acho que principalmente a gente deve parar de alimentar essa ideia de interpretar as pessoas como nos agrada, parar de achar que quanto mais o cara gosta, mais ele maltrata.
não, não é assim... e se for, deve ter algo errado com o seu querido.

e no final, talvez não seja tão ruim assim a gente se dar de presente a chance de gostar de pessoas menos erradas.

Com muito carinho,

domingo, 20 de novembro de 2011

De qualquer forma hoje resolvi cuidar da vida... Resolvi me resolver. Só não decidi se vou começar pela fatura do cartão ou pela vida amorosa... dar uma arrumada na gaveta de meias é uma opção também...

sábado, 19 de novembro de 2011

maquiada.

e não, não adianta negar... é que é cínico demais a gente dizer que não se importa...
conheço muito bem esse nosso jogo de desocupar o coração numa fé louca de que seja verdade aquela história de "vem quando você menos esperar". e aí a gente se vê obrigada a sustentar uma maturidade emocional que não tem... a gente começa a apelar pra uma racionalidade que não existe.. aqui não.
faz tempo que eu adoto essa prática de fugir ao máximo da expectativa pra poder ser surpreendida, mas você há de convir, que quem realmente não está se importando, não perde tempo tentando repelir as expectativas... elas só não existem e pronto - isso é, se isso for realmente possível pra alguma pessoa.
o que eu tenho notado é que repetir mil vezes pra mim: "fica fria, fica fria, fica fria, você tá ótima, ele não importa, isso não importa" é justamente a forma mais patética de demonstrar que a fragilidade existe sim... reprimida, infelizmente, porque as pessoas se acostumaram a valorizar a frieza humana. tá na moda essa coisa toda de não se envolver, não se apegar e ai dos tolos que não aderirem.
engraçado pensar sobre isso, não?

queridos amiga, mãe, irmã, irmão, namorado, desconhecido, colega, psicólogo e confidente,
venho através desta, solicitar que vocês me devolvam o direito ao drama, à empolgação infantil, à ansiedade, à curiosidade e ao choro que em algum momento recente foi roubado de mim. é realmente tão absurdo que eu me canse de maquiar sempre o que eu sinto? porque é pequeno, porque é bobo, é infantil, é imaturo. perdoe-me, eu entendo que as  suas palavras breves são sempre pelo meu bem, só não consigo ver em que ponto o idiota da questão deixou de ser aquele que magoa e passou a ser aquele que sofre com isso.
não, queridos, até onde eu sei, errado não é quem se importa, é quem fere; não é quem tem expectativas, é quem causa decepções.
é por isso que de hoje em diante eu me re-reservo o direito de sentir e verbalizar - talvez - tudo o quanto me parecer natural. é que me cansei de copiar esse modelo insano de coração de estátua de vocês.

a propósito, vão se tratar.
Atenciosamente,

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

o exercício de hoje é simples:
enumere uma coisa que a pessoa que você escolheu para querer tenha feito por você hoje
se você demorar mais de 5 minutos pra encontrar esse gesto, talvez esteja na hora de repensar sua escolha.

parte 1/1000

Eu nao pude mesmo perceber em que momento aquilo lá acabou pra mim... E era forte, meu bem.. Era tão grande e brilhava tanto! Eu me lembro bem da hora em que eu percebi o final de alguma coisa... Eu vi quando o encontro com os seus olhos me causou mais tédio que aquela ansiedade boa que eu vivia sempre sem nunca me acostumar... A monotonia era parte de alguma fase pós final... Mas quem é que pode se prevenir de coisas assim? não brilhava mais, isso é tudo... E pela primeira vez eu mesma entendo que ser finito não é ser pouco, não é ser pequeno.. Talvez seja exatamente por aí, como se a eternidade exigisse moderação: duram pra sempre os amores calmos, menos avassaladores, menos inquietantes! E talvez caiba a você escolher um preferido: 1 ano a 1000 ou 100 anos a 10 por hora?
Quisera eu saber qual dos dois traz mais felicidade... Sei que quem escolheu beijos de pólvora foi você, mesmo sabendo que os mais calmos não trariam tanto calor, mas não provocariam também queimadura e nem dor...
De qualquer forma, meu bem, em algum momento você perdeu o poder sísmico que você tinha sobre mim... E eu que tão boba sempre tive o grande amor como uma situação de dependência absoluta e bastante desnível, só pude pensar que a partir do momento em que não havia superioridade, necessidade, não podia mais haver sentimento também... E essa é a história de como eu resolvi partir pra alguma próxima compulsão.

domingo, 13 de novembro de 2011

parte amarela do meu buquê

é que quanto mais te espero, mais te dificulto a vinda.
compreendo que minhas expectativas tão pesadas não são lá muito convidativas. quem é que aceitaria competir com meu príncipe imaginário? quem é que passaria perto de ser bom o bastante?
é bem assim meu coração: uma caixinha, uma fechadura - surpresa: mágica - ela muda toda vez que a chave certa se aproximar..
é que tem que ser muito mulher mesmo pra aceitar ser feliz.. pra comprar todas as responsabilidades que a satisfação cobra. é que o amor quando vivido - e não sonhado, lido, assistido - tem lá seu lado pontudo de realidade. e a gente tem que ter coragem de comprar alguém com defeitos, que serão tolerados, trabalhados e às vezes insuportados também... exatamente como os nossos...
ser feliz parece dar trabalho... lamentar-se e esperar é infinitamente mais cômodo. e cá entre nós, tô dizendo isso por experiência própria.

sempre curti muito mais minhas histórias antes delas começarem ou depois que elas acabaram... a gente vai cultivando essa fascinação pelo que não é nosso - passado ou futuro, momentos que pertencem a quem a gente foi ou ainda vai ser, ao que somos, não - porque não tem energia pra se mover e viver as coisas imperfeitas e reais que o mundo tá oferencendo.
acontece é que você respira, você se mexe, você pensa e esses são os únicos requisitos pra que alguma coisa bem brilhante - e defeituosa também, como tudo - te aconteça.
e hoje eu estou falando assim porque tomei a decisão de resgatar a minha felicidade que tá lá na poupança esperando por rendimentos que nunca vem... e eu acho que você podia tentar fazer o mesmo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ao menos cumprimento sua dignidade em estragar tudo ainda no começo...
seria ainda mais desprezível que antes da decepção final você conduzisse isso daqui até um futuro que nunca aconteceria e me fizesse vislumbrar algo que nunca aconteceu.
você foi ruim desde o princípio e merece por isso alguma forma de reconhecimento.

pois é, meu deus. foi ruim - péssimo, aliás... mas pode sempre piorar!
mais triste do que ver projetos destruídos é ver construções ruídas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

aos meus desejos.

a consciência de que você ESTÁ FAZENDO BESTEIRA e a certeza de não querer parar.
relaxa, a auto-preservação nunca foi meu forte também...

e acho que as vezes a gente é assim mesmo... tentei tantas vezes fazer a "coisa certa" e vi as melhores chances fracassarem. essas receitas não são tão confiáveis assim, sabe. parametrar a felicidade é loucura... são preceitos errados, tão tão errados. não quero aplicar aqui aquele clichê de "vai aparecer quando você parar de procurar", porque acho que te livro dessa culpa de influenciar tanto assim nos acontecimentos. vai acontecer se você tiver sorte, quando acontecer e cá entre nós, pelos "casos de sucesso" que andei estudando, a regra não fica tão clara quanto se quer. aparece pra quem espera, ou pra quem se desespera, e as vezes só não acontece. a vida não se obriga a acontecer pra ninguém. na verdade mesmo, os seus desejos é que não se obrigam a se realizar. a vida, melhor dizendo, acontece sim... quase sempre de uma maneira muito pouco pensada. só que tenho ultimamente me convencido de uma coisa - não dá pra viver na pressão ou quiçá prepotência de planejar tudo o tempo todo. isso considerando-se que seus pedidos tenham a força de planos. quem foi que disse que o que você quer é tão bom assim? quase sempre a gente atende às nossas cismas, aos nossos caprichos, e quer desesperadamente alguma coisa que se revela medíocre demais... decepcionante demais.
no fim das contas, se não sabemos pedir, acho que o melhor que pode nos acontecer são mesmo essas surpresas que o futuro mandar.
quanto aos meus desejos tenho uma única ressalva: que eles não se realizem, por favor.


"Em última análise, amamos nossos desejos e não os objetos deles" (Friedrich Nietzsche)

sábado, 5 de novembro de 2011

um beijo pro passado.

comprovado: voce tem um impulso louco de buscar situações com 90% de chance de fracasso.
e não, você não gosta do sofrimento - livre-se dessa tristeza, ao menos - a verdade é que você ama desesperadamente os 10% de chance de funcionar, e atribui a eles um valor tão grande que o risco inteligente da opção esmagadoramente mais provável fica pequenininho,

é que você tem essa mania tão bonita de prestar mais atenção no pedido de desculpas que no erro...
de com o tempo ir esquecendo da parte triste e cultuando os lampejos alegres. e não, não te condeno por isso.

otimismo retroativo é o nome pra essa sua síndrome. você tem essa característica louca de olhar pro seu passado e perceber o que foi bom. e que mal há nisso? uma extrema falta de aprendizado... compreende-se que você não acredite naqueles que já tentaram - e eu jamais te aconselharia a fazer tal burrada - mas é que é loucura não extrair nada nem dos próprios erros. mas não te quero ver tristinha assim... nunca fui dessas amigas pé no chão, com esse discurso raso de "ele não te merece, bola pra frente"... não: dramas não existem pra ser ignorados. e quer saber de um segredinho? sempre simpatizei com esse seu tipo, com essas síndromes de princesa. acho válido esse seu jeitinho de ter fé nas coisas.. acho que sem essa ingenuidade a gente teria poucas chances de ser feliz...  e te digo que um friozinho na barriga, um buquê de flores acabam compensando suas decepções um dia. porque você é de alguma forma programada pra se recompor assim, bonita.
vou te dizer também que tenho buscado - ou então, parado de fugir - de alguns fantasmas meus do passado. histórias antigas eu sei, que hoje - tanto tempo, tanta vida, tanta gente depois - perderam a capacidade de me     atormentar. existem, mas já foram procurar alvos outros e hoje quase me respeitam... porque percebem que eu me refiz.. que existe vida após qualquer coisa - até depois dessas tempestades sentimentais...
e no fim, não sei se existe lá um prazo de validade pra essas coisas.. acontecimento nenhum vira passado quando passa...  vi relacionamentos - meus inclusive - que viraram pré-história antes mesmo de começarem.. . mas se isso te acalentar de algum modo, isso daí que existe em você tem prazo de validade também... as vezes você só precisa de criar coragem e abrir mão de alguns rótulos pra descobrir a data...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

você não possui novos convites
não há mensagens não lidas
ligações perdidas: 0

novidade:  você atualizar 100 vezes por minuto a página não faz esses números mudarem...
Após verificar 15 vezes o calendário, você se vê obrigada a aceitar que dessa vez não vai dar pra colocar a culpa do seu estado de espírito na TPM...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

só não consigo mais me culpar por erros seus..
nem pelos nossos - que são nossos.
nem pelos meus - que são seus também.
a gente precisa fugir das horas em que o botãozinho de auto-destruição tá brilhando demais, pedindo demais, chamando demais.
explosões aqui já bastam as emocionais.

domingo, 30 de outubro de 2011

Aos que inaceitam,

Prezado,
Eu espero que você não se importe em protagonizar tantos dos meus sonhos... Deve ser um saco ser assim tão importante pra alguém que pra você não significa taanta coisa. Mas acho que a gente tá sujeito a isso sim... Aquela história antiga de ônus e bônus, sabe?! É um preço que se paga pelas coisas boas que se resolve fazer... E eu realmente gostaria que isso funcionasse de outra forma... Algum jeito mais são, menos obsessivo e assim, mais calminho mesmo sabe?! Queria que a minha sorte fosse mais boazinha e de vez em quando desse as caras por aqui... As coisas que aconteceram podiam tanto ter sido menos loucas, não tão poucas... mas a gente nunca tá satisfeito com isso né?! Acho que sempre gostei mais de gostar do que de você. E se você não importar, perdoa, paixão, mas vou ter que te trocar. Te trocar por mim, pelos meus afetos, meus talentos... E começar a enxergar também aquelas coisas que uma vez você me falou.. Se você me elogia, talvez eu deva me apaixonar por mim e não por você.

E quanto às burradas que eu já fiz, estou exorcisando esses fantasmas também. É que ainda não aprendi a mascarar minhas fragilidades, mas tenho a capacidade de me perdoar por elas - e lamento muito que você não consiga fazer o mesmo, mas quer mesmo saber? Isso não é um problema meu! Talvez o problemático aqui seja você, com essa eterna obsessão por um espelho de perfeição. Infinitamente mais normal sou eu, que te aceito assim mesmo, cheio de remendos!
É assim então, querido, que me despeço e te intimo a mudar rapidinho - seja de jeito ou de lugar. Mas é que ASSIM e AQUI você não vai poder continuar.

Minhas lembranças à senhora sua mãe!
Atenciosamente,

sábado, 29 de outubro de 2011

STORY


mas eu acredito que no fim das contas o seu caminho é um só, a sua história tá prontinha e esperando por você...      a vida não precisa tanto das suas direções pra seguir.

Aos que escaparem

Bonito,
como vai você hoje? Tenho estado muito bem, obrigada.
Acho que essa brilhante ideia de repassar mentalmente 20 vezes nosso ontem foi bem certeira em inventar alguma consideração por você... A verdade é que o que me intriga é a eterna dúvida de como as coisas podem não ser recíprocas... Não assimilo que você não tenha sentido o mesmo que eu senti naquele dia... impossível...tava no ar e não parecia ser só no meu. Fosse o que fosse aquilo me atingiu e eu não vejo como você pode ter se livrado do mesmo mal.
Me perdoe, bonito, mas você não parece mentir tão bem assim... não soa possível pra ninguém - não que eu queira subestimar algum defeito seu. Mas é que foi um dia bonito, desses em que tá todo mundo mais brilhante, mais frágil...em que o equilíbrio que existe é tenso e doce e qualquer perturbação parece capaz de provocar uma explosão deliciosa, e intencionalmente provocada.
E foi mesmo desses encontros bem sonoros, bem intensos quando um abraço tem ares de tentativa de somar o outro a si mesmo, assim, colado, permanente. Dia assim em que tá todo mundo mais bonito, mais vivo e simples sabe?
Conheço minhas neuras inconsoláveis, meus medos poderosos e compreendo que eles te assustem também, só te peço que tente mandar pra mim uma correspondência. Não como essa carta aqui... Uma correspondência emocional.
Uma vez na vida.
Atenciosamente,

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

última notícia

"População mundial chega a 7 bilhões de pessoas, diz ONU"
e mesmo assim, eu ainda não substituí você!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

agora.

nesse exato milissegundo:
alguém está se apaixonando à primeira vista,
alguém está sendo apresentado à sua alma gêmea,
outro alguém está dizendo "Eu aceito!".

alguém está matando grandes saudades,
alguém está dizendo um adeus doído.
tem alguém segurando o filho nos braços pela primeira vez,
alguém está ouvindo o primeiro eu te amo, e alguém está dizendo também.
outro alguém está chorando as lágrimas mais gostosas do mundo ao receber o primeiro cartão de dia das mães,
um pai está casando sua princesinha.

tem irmãos se abraçando por aí,
amigos fazendo juras de eterno companheirismo,
casais sentindo o arrepio da intensidade do toque,
e leões se apaixonando por cordeirinhos.

Com tudo isso acontecendo, você ainda é capaz de jurar com cada filamento do seu corpo que o sentimento que está aí em você é o maior do mundo. Amor é isso.

domingo, 23 de outubro de 2011

O problema da extinção dos homens bons é culpa das mulheres. As mehores têm uma tendência incontrolável em buscar os imprestáveis e assim, não contribuem para a sobrevivência de sua espécie. Os semelhantes não se encontram.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Epitáfio de um grande cientista.

Meu nome vibra tanto nos cérebros, mas nunca no coração. Está ali, impresso em 3 a cada 3 livros de Física e em vida alguma. "Isaac Newton foi um homem singular.. Um transbordamento intelectual, um fenômeno de raciocínio." - lisonjeiras palavras que detesto a cada dia póstumo.. É que fui físico, não fui pessoa. Ninguém vive para deixar legado, vive-se para viver. Porque daqui do outro lado, pouco tenho a respaldar das ciências às quais me entreguei. A lógica não me foi amante, foi antes disso senhoria, foi proprietária. Me escravizei ao pensamento e tão pouco experimentei. E hoje, meu deus?! De que me valeu essa vida?! É mais feliz quem se ausentar da literatura para aparecer em álbuns de fotos, para aparecer em vida, ao vivo. Para construir aguma memória, algo que pertença a si próprio e não à comunidade científica.. No meu encontro com a morte mil vezes evoquei baixinho uma recordação de beijo, de cheiro, de arrepio, de um sorriso, um afeto e nada veio - lacuna, cansaço. Entre o tanto que sei só consegui me lembrar do que nunca senti.
Vendi-me ao esgotameto, ao trabalho e cometo a heresia do século em dizer: não, Isaac Newton não foi um homem louvável, foi antes disso uma competente e frustrada máquina de calcular.
Sei tão pouco, tão nada das minhas necessidades,
As coisas que hoje mais me importam não precisei desejar. E talvez nem soubesse também!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Obrigada, apesar de tudo que você não é. Por me mostrar que existem algumas das coisas que eu sempre procurei. Por me mostrar que dá sim pra se apaixonar de forma correspondida e feliz. Que os medos e as inseguranças não são tão grandes assim. Porque você esteve perto demais, me conheceu demais e aí como num passe de mágica não fugiu, não fingiu. Ficou.. Quis ficar pelo menos.
Você tentou me mostrar que eu sou tão boa que parecia outra pessoa.. Acariciou cada cantinho do meu ego e do meu medo e principalmente me mostrou que eu não preciso de um vício, não preciso de um capacho e de nenhum tipo frequente de idiota que sempre oscila entre tais extremos.

Meu tipo existe, obrigada!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

entre tanta gente

dizem que acontece uma vez em uma vida. conjunção estelar, história de anjos, presente do zodíaco, feromônios destinados, e o que mais se quiser supor.
apaixonam-se os dois. quaisquer dois. dois anônimos, desconhecidos ao mundo e ao mesmo tempo centro do universo. um universo perdido e sublime e pronto, ela começa a cantarolar boleros franceses, se pega sorrindo por uma frase de outdoor, se emociona com uma foto de porta retrato na loja. Ele se esquece de onde pôs as chaves do carro e se esforça em vão pra se irritar com isso, mas não tem jeito, o mau humor não vem - e sorri. Ela para de comer, o estômago têm estado tão cheio de borboletas - sorri. Ele se pega estranhamente interessado naquele pintor de quem ela tanto fala - e sorri. Ela sente de repente um impulso tão forte de abraçar o mundo inteiro e distribuir beijos em pacotinhos - sorri. Ele se demora tempo demais nas fotos dela - e sorri. Ela reconhece o perfume dele pela rua - sorri.
O friozinho na barriga muda de sensação pra estado permanente. E cada encontro tem ares de grande dia até que os grandes dias passam a ser todos os dias. E eles se gostam, se entendem, só param de se beijar se for por um abraço - e sorriem.
Lembram-se de uns tempos tão tristes e agora tão distantes - pré-históricos, quiçá - e sorriem aliviados pela sorte que tiveram, pelo conto de fadas em que acordaram. E NO MEIO DE TANTA GENTE, EU ENCONTREI VOCÊ. ENTRE TANTA GENTE CHATA E SEM NENHUMA GRAÇA, VOCÊ VEIO.

"Tempo, mano velho"

Tenho sido, sim, um pouquinho mais leve.. Um pouquinho mais rasa... Acho que deixei um pouquinho do meu drama pra trás... Já fui mesmo um buraco negro existencial e ainda não cheguei longe o bastante pra fazer piada dessa fase... é aquele tipo de passado ainda poderoso, que te faz querer esquecer porque você mesmo não acredita poder enfrentar. A verdade é essa, não é preciso enterrar nada que seja inofensivo demais... Tirar da mente é fugir, é buscar aquela famosa distância segura.
Amadureci também... No fim das contas o tempo passa pra todos, não é?! Imagino que tenha acontecido com você também, com ela também. Nós três ali, envolvidos até o pescoço com uma situação que a gente não soube cuidar... E deu tudo errado pra todos.
Mas as coisas vão evaporando por aí... O sufoco vira dor excruciante, que vira incômodo, que vira mágoa e que puff, 'o que era mesmo aquilo que um dia me afetou tanto?'!

A amnésia humana, prova maior da efemeridade de tudo, não falha nunca. O desapego existe pra todo mundo, não dá pra ignorar a pequeneza disso. Nossos grandes amores têm data de validade também, sabia?! Tudo tem. A única coisa que você não vai abandonar nunca é a si mesmo. Com exceção disso, magoarás e será magoado em algum momento. E acredite, não levanto nenhuma bandeira de revolta e nem frieza. Só estou num momento de ciência... É que esse animais racionais não têm se mostrado tão surpreendentes assim.

sábado, 15 de outubro de 2011

Uma Comédia Romântica pra Chamar de Minha

Tento lembrar se isso foi um pensamento ou uma sábia filosofia emprestada por um escritor passional. Já não consigo diferenciar minhas memórias vividas daquelas cenas que assisti em comédias românticas.. E essa música que tá tocando!! Feita pra mim, é lógico!! Quem disse isso afinal?! Eu ou Katherine Heighl em Vestida pra Casar?! Me sinto assim ou só li numa frase do Caio Abreu?

A vontade agora é essa, de viver mesmo a própria vida, de encontrar as próprias palavras e sensações... Mas que diabos, não posso ser ninguém que Hollywood ainda não tenha moldado?

Tem me incomodado sutilmente não poder suspirar por caras reais.. em outras épocas até poderia dizer 3D, hoje não mais...
A verdade é que deve haver alguém a quem eu possa recorrer.. Sabe o que é? Meu bad boy não se emendou no final! E aquela vadia que tentou me prejudicar durante toda a história nunca se deu mal.. Nesse momento eles estão casados e grávidos e pra completar, também não apareceu um bonzinho incomumente sexy pra me compensar. E olha que eu segui direitinho meu manual de instruções.. Policiei-me para ser a perfeita mocinha moderna que não perdeu a fé no amor e nem baixou a guarda de cara... Fiz com perfeição aquele tipo que acaba sendo 'a garota especial'...
Não sei, mas acho que tem algo errado em sentir mais por personagens que por pessoas. Vou interromper essa reflexão, mas só porque a novela já está começando...

quinta-feira, 31 de março de 2011

2

pra te dizer entre outras coisas que já nao dá mais. pra chorar um pouquinho, pra sentir uma saudadezinha. nada grande demais, nada forte demais, nada profundo demais. ahh, se voce visse o que eu enxergo em voce, nao ia se reconhecer jamais. talvez porque nao seja voce, mesmo. e quer saber? quer mesmo? gosto muito mais do outro.. do que não existe. 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Quem não vive...

E quem não vive não sabe. Os tapas na cara podem não fazer mal.
Quem não vive não sabe. TUDO é mais difícil - ou, raramente, mais fácil - antes que tentemos. Perder tempo especulando não é tarefa muito útil.
Quem não vive não entende. Essa história de Lei de Murphy é conversa de pessimista.
Quem não vive não entende. 'Para sempre' é advérbio de intensidade e não de tempo.
Quem não se apaixona por algo, uma vez, não vive.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

É pedir demais?

mas no fim das contas é só aquela velha historia de "poderia ter sido", de "eu imaginei", de saudades do que nao foi... mas no fim tudo acaba assim, nao é mesmo? o engraçado é que agora nem mesmo acabou. acho que tem algo realmente errado com essas relaçoes que vivem em tons de final. que desde o meio parecem com o fim.
pra ser sincera, acho que vou me decepcionar no dia em que eu nao me decepcionar. surpresa vai ser ser feliz. devo estar mesmo me acostumando com todo esse azar... ou pelo menos deveria!
se voce quer saber, aconteceu assim mesmo sabe, desde o início criei nosso futuro. nossa história de amor ta prontinha, só falta voce aparecer pra vivê-la. só falta o principal. eu me irrito é com isso... peço tao pouco, ganho tao nada.
eu sinceramente nao posso dizer que sou exigente, porque o cara específico que eu exijo, tá prontinho aqui na minha cabeça, e se voce se dispuser a emprestar seu rostinho pra ele, e se controlar ao minimo para nao estragar tudo, nem vai precisar de se esforçar muito, porque tolerar seus erros - exceto os realmente gritantes como nao gostar de mim, ou gostar demais de mim - é tarefa automática para mim. to te pedindo isso: apareça, esteja disponivel, entre na minha mente, leia o seu roteiro, decore as suas falas e pronto: seremos felizes para sempre.
a verdade é que ainda que voce seja um dos mais idiotas do mundo, não vou hesitar em facilitar a representação pra voce.

é pedir demais?
mais uma vez: nao é voce.. sou eu.

domingo, 9 de janeiro de 2011

A Última Música - Nicholas Sparks

"Atualmente, tudo o que conseguia afirmar com certeza era ser uma pessoa ordinária em um mundo que amava o extraordinário"




"Quando ele a questionava por não se firmar com ninguém, a resposta dela era bem objetiva: "Há garotos que crescem achando que vão se firmar em um futuro distante, e há outros que estão prontos para se casar assim que conhecem a pessoa certa. Os primeiros me deixam entendiada, principalmente porque são patéticos; e os outros, francamente, não são fáceis de encontrar. Mas é nos sérios que estou interessada, só que leva tempo para encontrar alguém assim, e por quem eu também me interesse. Quer dizer, se a relação não consegue sobreviver no longo prazo, porque é que eu vou investir meu tempo e minha energia em algo que não vai durar?" "

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Para você...

Calma, amor. Não precisa levar tao a sério isso que eu vou te falar...não precisa se assustar, sair correndo, se elevar acima de algum tipo deus, se sentir o máximo. Honestamente, nada disso é necessário, porque no fim das contas - como eu posso explicar? - não é voce...sou eu.
Se confundiu aí? Pois é... na minha vida essa frase (ou bordão maldito e agourento, ou cliche - como preferir) não se refere só aos términos - diga-se de passagem, durante eles geralmente eu apenas escuto, me desespero e choro. O fato é que quando essa expressao sai de minha boca, ela tem um sentido meio inovador... a verdade é que eu apenas a digo quando me apaixono e nesses momentos, realmente não é voce...realmente sou eu.
Algum tipo de vazio em mim, me faz buscar inconscientemente a perfeiçao em cada pedacinho de voce. Portanto não se sinta muito especial em ser um príncipe aos meus olhos, e acredite: até os piores sapos já receberam semelhante elogio. A verdade é que passo meus dias livres a criar ideais que consomem meus pensamentos por inteiro, e no fim das contas, me pego confundindo sonho com realidade.
Ilusão? Não... seria superficial de mim. Eu diria que é quase um processo literário de criação. Talvez eu seja algum tipo de autora de novela que esboça personagens maravilhosos, mas é bondosa demais, e acaba aceitando qualquer ator medíocre para representá-los. E ao ver seu resultado pavoroso, se decepciona profundamente.
Por favor, não me entenda mal. Não pretendo depreciar você, não me sinto abandonada ou ressentida - pelo menos não nesse momento - mas o que acontece é que constato aqui, entre nós, o inevitável e o tão decorrente. Aconteceu dessa forma conosco não é mesmo? Primeiro contato bem bacana, eu em uma posição vantajosa e superior. Sua aparência em termos de classes sociais seria classe média alta. Um defeitozinho aqui ou ali, mas coisas quase irrelevantes, já que você parecia se adequar aos meus padrões de beleza, além é claro do elemento especial: a disputa. Mais da metade das mulheres queriam você naquela noite, e acredite, não há estimulante melhor que esse.
O que se seguiu foram boas atitudes de sua parte, mas aquele episódio realmente fugiu ao esperado, e sendo assim, fui quase forçada a recusar voce, cá entre nos, sem muito sofrimento. Depois disso veio a completa distância, seguida de uma grande e divertida (?) surpresa sua. Algo que realmente me agradou e me chamou a atençao, mas que foi infelizmente "anulado" pela distancia sucessora.
Por fim das contas você reapareceu, num golpe de sorte e destino, e ao que parece, dessa vez para ficar. Várias vezes me perguntei se voce era algum tipo de presente de Deus para mudar um pouquinho a rotina frustrante do meu coraçao. O que eu penso hoje? Penso que a Adriana Calcanhoto talvez nao tenha um Palpite pra mim =(
Há uma séria de coisas em você que já nao decifro. Você talvez seja bom demais para acontecer de fato. Ou voce talvez nao traga a dose certa de seriedade, compromisso e sacrifício. Nesse momento me culpo de verdade. Qual é o problema? Por que nao posso aceitar alguma forma plausível e existente de perfeiçao?
Você nem de longe imagina o que é a sensação de presenciar algo importante dando errado, e simplesmente não ser forte o bastante para mudar, e salvar tudo.

A verdade é que nesse momento, estou morta de medo. Medo porque vejo mil motivos para que tudo corra bem, sinto seu interesse, sinto a sua reciprocidade, e por algum motivo, alguma infeliz parte de mim tenta jogar areia (ou cimento?) em um começo tão promissor. A verdade é que já vi esse filme dez vezes, com a pequena diferença que talvez você seja o melhor dos tantos será's que eu já arruinei. A verdade é que não quero perder isso, não quero perder voce com meus ideais malucos e idiotas, não quero ficar infeliz outra vez.
A verdade é que "I don't want this feeling to go way.", então por favor "don't be afraid if I'll go crazy for you"