quarta-feira, 16 de novembro de 2011

parte 1/1000

Eu nao pude mesmo perceber em que momento aquilo lá acabou pra mim... E era forte, meu bem.. Era tão grande e brilhava tanto! Eu me lembro bem da hora em que eu percebi o final de alguma coisa... Eu vi quando o encontro com os seus olhos me causou mais tédio que aquela ansiedade boa que eu vivia sempre sem nunca me acostumar... A monotonia era parte de alguma fase pós final... Mas quem é que pode se prevenir de coisas assim? não brilhava mais, isso é tudo... E pela primeira vez eu mesma entendo que ser finito não é ser pouco, não é ser pequeno.. Talvez seja exatamente por aí, como se a eternidade exigisse moderação: duram pra sempre os amores calmos, menos avassaladores, menos inquietantes! E talvez caiba a você escolher um preferido: 1 ano a 1000 ou 100 anos a 10 por hora?
Quisera eu saber qual dos dois traz mais felicidade... Sei que quem escolheu beijos de pólvora foi você, mesmo sabendo que os mais calmos não trariam tanto calor, mas não provocariam também queimadura e nem dor...
De qualquer forma, meu bem, em algum momento você perdeu o poder sísmico que você tinha sobre mim... E eu que tão boba sempre tive o grande amor como uma situação de dependência absoluta e bastante desnível, só pude pensar que a partir do momento em que não havia superioridade, necessidade, não podia mais haver sentimento também... E essa é a história de como eu resolvi partir pra alguma próxima compulsão.

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