segunda-feira, 28 de novembro de 2011

a entrega do buquê.

só não te quero assim, esperando por um grande amor com ares de quem espera por um táxi em dias de chuva...
não te quero assim, tão ansiosa, fazendo sinais desesperados na tentativa triste de parar o próximo que passar e na decepção mortífera de vê-lo já ocupado. e não quero porque até que o carro pare, o período de espera pode ser chamado assim mesmo: espera, tempo perdido, porque se pretende sair dali, se pretende chegar a um destino, mas no caso da grande paixão, o tempo de espera, geralmente é chamado vida.
quero que você espere por esse destino mais como quem espera pelo próximo aniversário, ou pelo próximo verão... vale a pena contar os dias numa ansiedade comum à tudo aquilo que esperamos que seja bom, e que eu prefiro chamar de otimismo ou esperança só que há nesses dois casos também, uma segurança muito grande de que o esperado chegará e de que você não precisa - e nem pode - fazer nada para abreviar isso... e cá entre nós, nunca vi primaveras depressivas fazerem verões chegarem mais rápido e nem 17 mal vividos apressarem a chegada dos 18.

sábado, 26 de novembro de 2011

to te deixando ir...
quem sou eu pra prender seu fantasma?

Let it go, let it be, let it burn... you'll learn!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

a uma amiga qualquer:

é só mesmo porque estive pensando em parar de despetalar o coração nesse joguinhos estúpidos de bem-me-quer e mal-me-quer.
e tenho pensado também que já não me interessa a pequeneza desses joguinhos de poder. me satisfaziam bem em tempos mais infantis, mas poxa, acho que o passar dos anos deve servir pra algo além da mudança aparente que nós duas tivemos.

acho que tá chegando o momento de perceber que os bonitões idiotas não são exatamente crianças esperando por uma mãe para serem educados; não são românticos amaldiçoados por uma decepção que estão esperando pelo seu encanto de fada madrinha e não, não são vítimas que necessitam de você. são idiotas, por uma gama sem fim de motivos que nada têm a ver com você e cuja resolução está bem acima do seu alcance.
tá na hora de começar a se apaixonar por pessoas minimamente virtuosas, minimamente saudáveis, porque assim é que se tem amores, ao invés de adoções, perseguições ou platonismos mesmo.
e acredite, eu precisei de bastante tempo pra perceber que o primeiro caso tem muito mais a ver com egoísmo do que com fragilidade - e não, isso não é uma ofensa... só o que eu tenho notado é que a gente vive alimentando essas causas impossíveis só por uma necessidade bem particular de auto-afirmação. já imaginou o que seria do seu ego se você fosse A MULHER que transformou o bonitão inatingível? vive sonhando com a ideia de ser a exceção pra alguém?
a gente precisa encontrar logo um modo de se livrar dessa síndrome de Midas, de querer transformar as coisas em ouro com um toque. a gente precisa ser um pouco mais segura de si, um pouco mais serena nessas nossas paixões. e acho que principalmente a gente deve parar de alimentar essa ideia de interpretar as pessoas como nos agrada, parar de achar que quanto mais o cara gosta, mais ele maltrata.
não, não é assim... e se for, deve ter algo errado com o seu querido.

e no final, talvez não seja tão ruim assim a gente se dar de presente a chance de gostar de pessoas menos erradas.

Com muito carinho,

domingo, 20 de novembro de 2011

De qualquer forma hoje resolvi cuidar da vida... Resolvi me resolver. Só não decidi se vou começar pela fatura do cartão ou pela vida amorosa... dar uma arrumada na gaveta de meias é uma opção também...

sábado, 19 de novembro de 2011

maquiada.

e não, não adianta negar... é que é cínico demais a gente dizer que não se importa...
conheço muito bem esse nosso jogo de desocupar o coração numa fé louca de que seja verdade aquela história de "vem quando você menos esperar". e aí a gente se vê obrigada a sustentar uma maturidade emocional que não tem... a gente começa a apelar pra uma racionalidade que não existe.. aqui não.
faz tempo que eu adoto essa prática de fugir ao máximo da expectativa pra poder ser surpreendida, mas você há de convir, que quem realmente não está se importando, não perde tempo tentando repelir as expectativas... elas só não existem e pronto - isso é, se isso for realmente possível pra alguma pessoa.
o que eu tenho notado é que repetir mil vezes pra mim: "fica fria, fica fria, fica fria, você tá ótima, ele não importa, isso não importa" é justamente a forma mais patética de demonstrar que a fragilidade existe sim... reprimida, infelizmente, porque as pessoas se acostumaram a valorizar a frieza humana. tá na moda essa coisa toda de não se envolver, não se apegar e ai dos tolos que não aderirem.
engraçado pensar sobre isso, não?

queridos amiga, mãe, irmã, irmão, namorado, desconhecido, colega, psicólogo e confidente,
venho através desta, solicitar que vocês me devolvam o direito ao drama, à empolgação infantil, à ansiedade, à curiosidade e ao choro que em algum momento recente foi roubado de mim. é realmente tão absurdo que eu me canse de maquiar sempre o que eu sinto? porque é pequeno, porque é bobo, é infantil, é imaturo. perdoe-me, eu entendo que as  suas palavras breves são sempre pelo meu bem, só não consigo ver em que ponto o idiota da questão deixou de ser aquele que magoa e passou a ser aquele que sofre com isso.
não, queridos, até onde eu sei, errado não é quem se importa, é quem fere; não é quem tem expectativas, é quem causa decepções.
é por isso que de hoje em diante eu me re-reservo o direito de sentir e verbalizar - talvez - tudo o quanto me parecer natural. é que me cansei de copiar esse modelo insano de coração de estátua de vocês.

a propósito, vão se tratar.
Atenciosamente,

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

o exercício de hoje é simples:
enumere uma coisa que a pessoa que você escolheu para querer tenha feito por você hoje
se você demorar mais de 5 minutos pra encontrar esse gesto, talvez esteja na hora de repensar sua escolha.

parte 1/1000

Eu nao pude mesmo perceber em que momento aquilo lá acabou pra mim... E era forte, meu bem.. Era tão grande e brilhava tanto! Eu me lembro bem da hora em que eu percebi o final de alguma coisa... Eu vi quando o encontro com os seus olhos me causou mais tédio que aquela ansiedade boa que eu vivia sempre sem nunca me acostumar... A monotonia era parte de alguma fase pós final... Mas quem é que pode se prevenir de coisas assim? não brilhava mais, isso é tudo... E pela primeira vez eu mesma entendo que ser finito não é ser pouco, não é ser pequeno.. Talvez seja exatamente por aí, como se a eternidade exigisse moderação: duram pra sempre os amores calmos, menos avassaladores, menos inquietantes! E talvez caiba a você escolher um preferido: 1 ano a 1000 ou 100 anos a 10 por hora?
Quisera eu saber qual dos dois traz mais felicidade... Sei que quem escolheu beijos de pólvora foi você, mesmo sabendo que os mais calmos não trariam tanto calor, mas não provocariam também queimadura e nem dor...
De qualquer forma, meu bem, em algum momento você perdeu o poder sísmico que você tinha sobre mim... E eu que tão boba sempre tive o grande amor como uma situação de dependência absoluta e bastante desnível, só pude pensar que a partir do momento em que não havia superioridade, necessidade, não podia mais haver sentimento também... E essa é a história de como eu resolvi partir pra alguma próxima compulsão.

domingo, 13 de novembro de 2011

parte amarela do meu buquê

é que quanto mais te espero, mais te dificulto a vinda.
compreendo que minhas expectativas tão pesadas não são lá muito convidativas. quem é que aceitaria competir com meu príncipe imaginário? quem é que passaria perto de ser bom o bastante?
é bem assim meu coração: uma caixinha, uma fechadura - surpresa: mágica - ela muda toda vez que a chave certa se aproximar..
é que tem que ser muito mulher mesmo pra aceitar ser feliz.. pra comprar todas as responsabilidades que a satisfação cobra. é que o amor quando vivido - e não sonhado, lido, assistido - tem lá seu lado pontudo de realidade. e a gente tem que ter coragem de comprar alguém com defeitos, que serão tolerados, trabalhados e às vezes insuportados também... exatamente como os nossos...
ser feliz parece dar trabalho... lamentar-se e esperar é infinitamente mais cômodo. e cá entre nós, tô dizendo isso por experiência própria.

sempre curti muito mais minhas histórias antes delas começarem ou depois que elas acabaram... a gente vai cultivando essa fascinação pelo que não é nosso - passado ou futuro, momentos que pertencem a quem a gente foi ou ainda vai ser, ao que somos, não - porque não tem energia pra se mover e viver as coisas imperfeitas e reais que o mundo tá oferencendo.
acontece é que você respira, você se mexe, você pensa e esses são os únicos requisitos pra que alguma coisa bem brilhante - e defeituosa também, como tudo - te aconteça.
e hoje eu estou falando assim porque tomei a decisão de resgatar a minha felicidade que tá lá na poupança esperando por rendimentos que nunca vem... e eu acho que você podia tentar fazer o mesmo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ao menos cumprimento sua dignidade em estragar tudo ainda no começo...
seria ainda mais desprezível que antes da decepção final você conduzisse isso daqui até um futuro que nunca aconteceria e me fizesse vislumbrar algo que nunca aconteceu.
você foi ruim desde o princípio e merece por isso alguma forma de reconhecimento.

pois é, meu deus. foi ruim - péssimo, aliás... mas pode sempre piorar!
mais triste do que ver projetos destruídos é ver construções ruídas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

aos meus desejos.

a consciência de que você ESTÁ FAZENDO BESTEIRA e a certeza de não querer parar.
relaxa, a auto-preservação nunca foi meu forte também...

e acho que as vezes a gente é assim mesmo... tentei tantas vezes fazer a "coisa certa" e vi as melhores chances fracassarem. essas receitas não são tão confiáveis assim, sabe. parametrar a felicidade é loucura... são preceitos errados, tão tão errados. não quero aplicar aqui aquele clichê de "vai aparecer quando você parar de procurar", porque acho que te livro dessa culpa de influenciar tanto assim nos acontecimentos. vai acontecer se você tiver sorte, quando acontecer e cá entre nós, pelos "casos de sucesso" que andei estudando, a regra não fica tão clara quanto se quer. aparece pra quem espera, ou pra quem se desespera, e as vezes só não acontece. a vida não se obriga a acontecer pra ninguém. na verdade mesmo, os seus desejos é que não se obrigam a se realizar. a vida, melhor dizendo, acontece sim... quase sempre de uma maneira muito pouco pensada. só que tenho ultimamente me convencido de uma coisa - não dá pra viver na pressão ou quiçá prepotência de planejar tudo o tempo todo. isso considerando-se que seus pedidos tenham a força de planos. quem foi que disse que o que você quer é tão bom assim? quase sempre a gente atende às nossas cismas, aos nossos caprichos, e quer desesperadamente alguma coisa que se revela medíocre demais... decepcionante demais.
no fim das contas, se não sabemos pedir, acho que o melhor que pode nos acontecer são mesmo essas surpresas que o futuro mandar.
quanto aos meus desejos tenho uma única ressalva: que eles não se realizem, por favor.


"Em última análise, amamos nossos desejos e não os objetos deles" (Friedrich Nietzsche)

sábado, 5 de novembro de 2011

um beijo pro passado.

comprovado: voce tem um impulso louco de buscar situações com 90% de chance de fracasso.
e não, você não gosta do sofrimento - livre-se dessa tristeza, ao menos - a verdade é que você ama desesperadamente os 10% de chance de funcionar, e atribui a eles um valor tão grande que o risco inteligente da opção esmagadoramente mais provável fica pequenininho,

é que você tem essa mania tão bonita de prestar mais atenção no pedido de desculpas que no erro...
de com o tempo ir esquecendo da parte triste e cultuando os lampejos alegres. e não, não te condeno por isso.

otimismo retroativo é o nome pra essa sua síndrome. você tem essa característica louca de olhar pro seu passado e perceber o que foi bom. e que mal há nisso? uma extrema falta de aprendizado... compreende-se que você não acredite naqueles que já tentaram - e eu jamais te aconselharia a fazer tal burrada - mas é que é loucura não extrair nada nem dos próprios erros. mas não te quero ver tristinha assim... nunca fui dessas amigas pé no chão, com esse discurso raso de "ele não te merece, bola pra frente"... não: dramas não existem pra ser ignorados. e quer saber de um segredinho? sempre simpatizei com esse seu tipo, com essas síndromes de princesa. acho válido esse seu jeitinho de ter fé nas coisas.. acho que sem essa ingenuidade a gente teria poucas chances de ser feliz...  e te digo que um friozinho na barriga, um buquê de flores acabam compensando suas decepções um dia. porque você é de alguma forma programada pra se recompor assim, bonita.
vou te dizer também que tenho buscado - ou então, parado de fugir - de alguns fantasmas meus do passado. histórias antigas eu sei, que hoje - tanto tempo, tanta vida, tanta gente depois - perderam a capacidade de me     atormentar. existem, mas já foram procurar alvos outros e hoje quase me respeitam... porque percebem que eu me refiz.. que existe vida após qualquer coisa - até depois dessas tempestades sentimentais...
e no fim, não sei se existe lá um prazo de validade pra essas coisas.. acontecimento nenhum vira passado quando passa...  vi relacionamentos - meus inclusive - que viraram pré-história antes mesmo de começarem.. . mas se isso te acalentar de algum modo, isso daí que existe em você tem prazo de validade também... as vezes você só precisa de criar coragem e abrir mão de alguns rótulos pra descobrir a data...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

você não possui novos convites
não há mensagens não lidas
ligações perdidas: 0

novidade:  você atualizar 100 vezes por minuto a página não faz esses números mudarem...
Após verificar 15 vezes o calendário, você se vê obrigada a aceitar que dessa vez não vai dar pra colocar a culpa do seu estado de espírito na TPM...