sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

life in plastic is fantastic!

(ao som de)
estive pensando e é engraçado como nunca escrevi nada pra você...
acho que pra ser sincera, foi o senhor mesmo que nunca quis dar pano pra manga. ou cortou os que eu geralmente invento sozinha.
é que você é assim, seco. e não alimenta muito a minha imaginação.
mas o que eu queria que você soubesse, você vai acabar não entendendo. porque é inteligente demais pra tantos assuntos, mas burro demais pra se identificar nesse texto aqui. como naquela alfinetada acolá.
é que bem, não me faltam amigas a desenrolar mil teorias do quão perfeitos um pro outro nós somos, mas você é idiota demais, inseguro demais, infantil demais pra ver.
pior do que essas, existem as que extrapolam. que logo alegam o quão superior a você eu sou e como isso é potencialmente assustador.
perdoem-me, lindas... sei que suas intenções, se não forem boas, más não são - que maldade há em se livrar de uma ladainha repetitiva como a minha? - mas o fato é que cada neurônio meu contraria seus consolos bobos. é que ofende a minha inteligência dizer que quando um cara te quiser ele vai ficar com você, mas que quando ele te quiser muito ele vai te falar sobre outras mulheres, vai te dispensar, te diminuir.

perdão, mas além do mais, não me considero uma atriz boa o bastante para perder meus dias aqui, encenando o que não somos. não, não sou sua melhor amiga - porque ainda não consigo não reagir às suas mensagens, ainda não consigo manter a voz estável quando te atendo, ainda não consigo jorrar palavras quando nos encontramos.
dispensada a teoria da amizade incondicional? por favor!
sei também que jamais suportaria um relacionamento com vossa senhoria. sei que não consigo não debochar das suas besteiras tão debocháveis. e nada saudáveis, nada divertidas. gosto de idiotices - de estupidez não.
então fico assim, nesse impasse: não te odeio, não sou sua amiga, não gosto de você.
vou ter que encarar a minha última hipótese...mais uma vez, the oscar goes to: o meu ego.
é que talvez, eu ainda não tenha engolido seu desinteresse quando eu investi alguma expectativa em você. ainda não entendi que você possa ser imune às minhas virtudes tão amáveis a um machista. poxa, é que eu sou uma princesinha... uma boneca! costuro, lavo, passo, obedeço, cozinho. sou fofinha e educada. sei revelar mais algumas outras faces também. sei me adaptar.
é aquela velha história da minha amiga Barbie: "you can touch, you can play, you can say: I'm always yours."
e me desculpa, mas essa minha linha de atuação não admite sua recusa em ser o Ken.
não que eu me orgulhe do meu joguinho de poder - ou melhor: não que eu queira dizer que me orgulho - mas fato é que ainda me pergunto o porquê desse seu comportamento no mínimo indecifrável. acho que me desacostumei a lidar com pessoas externas ao meu fantasy world. bom, de qualquer forma, ou lido com essa derrotinha psicológica ou você se explique por favor.
e tenho achado a segunda impossível, mas de longe mais provável que a primeira.
conto com você, dear.
and I can beg on my knees...





carinhosamente,
your doll.

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