segunda-feira, 28 de novembro de 2011

a entrega do buquê.

só não te quero assim, esperando por um grande amor com ares de quem espera por um táxi em dias de chuva...
não te quero assim, tão ansiosa, fazendo sinais desesperados na tentativa triste de parar o próximo que passar e na decepção mortífera de vê-lo já ocupado. e não quero porque até que o carro pare, o período de espera pode ser chamado assim mesmo: espera, tempo perdido, porque se pretende sair dali, se pretende chegar a um destino, mas no caso da grande paixão, o tempo de espera, geralmente é chamado vida.
quero que você espere por esse destino mais como quem espera pelo próximo aniversário, ou pelo próximo verão... vale a pena contar os dias numa ansiedade comum à tudo aquilo que esperamos que seja bom, e que eu prefiro chamar de otimismo ou esperança só que há nesses dois casos também, uma segurança muito grande de que o esperado chegará e de que você não precisa - e nem pode - fazer nada para abreviar isso... e cá entre nós, nunca vi primaveras depressivas fazerem verões chegarem mais rápido e nem 17 mal vividos apressarem a chegada dos 18.

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