segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ahh, o amor próprio

mas a gente cresce escutando um papinho pronto de amor próprio...
porque se a gente não gostar da gente quem é que gosta?
não vou discordar.

eu só acho que todo mundo aprendeu a interpretar isso de um jeito um pouquinho errado.. a gente resolveu achar que ter amor próprio é ignorar as coisas que a gente sente, pra sustentar uma fachada bem forte... a gente acha que ter amor próprio é não pedir desculpas, é não começar uma conversa que a gente tanto quer, é não facilitar nunca pra ninguém... porque a gente pensa que sendo assim  - uma pessoa tão difícil - a gente só pode atrair alguém que goste de verdade da gente... que esteja disposto a ganhar patadas, a correr atrás quando nós estamos erradas, a nunca ouvir nada bom.

quando eu encontrar um amor, eu faço questão que ele não venha com esses joguinhos de poder.. essas dissimulações e simulações. que as coisas corram mais naturalmente, que eu possa ligar, que ele possa ligar, que a gente não tenha a necessidade de ter o outro na mão, contanto que a gente possa ter a mão na mão do outro.
de uns tempos pra cá, tenho percebido como meu amor próprio funciona de um jeito diferente...
eu percebi como eu fico mais feliz quando satisfaço os meus desejos, quando me dou a liberdade de começar uma conversa, de demonstrar um sentimento... tenho percebido que a gente tem que se fazer feliz ao invés de seguir manuais de instruções...  foi quando eu fui perceber que só gente muito imbecil pode me considerar alguém inferior pelo simples fato de eu manifestar o que eu quiser. por eu pedir desculpas, por eu ligar de volta, por eu ceder quando estiver errada...
foi aí também que eu vi, que não estou muito interessada nesse tipo de gente.
e é por isso que de uns meses pra cá resolvi fazer a minha campanha individual em nome do meu conceito de amor próprio. e é por isso que de uns tempos pra cá eu tenho dito pras minhas amigas: pode adicionar, pode puxar papo - e não, isso não significa rastejar... significa ter a segurança de fazer algo que você tá querendo muito. e eu sinceramente não consigo imaginar um amor próprio que não tenha a ver com satisfação das vontades.

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