sexta-feira, 27 de julho de 2012

Especialmente esquisito

A gente tem que ser um pouquinho mais complexo e confuso, que é pra não se vender tão rápido... Que é pra não se denunciar pela roupa.
A gente tá tão raso, faz tanto caso por pouco. Tá louco? Não quero. Não quero mais as mesmas roupas, as mesmas diversões baratas e bonitas de sexta a noite. Cansei, foi isso. Acho pequenino. Tão pequenino quanto todo mundo tem sido...
Sem arrogâncias, sem irreverências, opinião aqui - particular, abafada em desabafo, confessada até. Confessada porque o pecado é meu também - porque também me adapto, me misturo, me dissolvo nessa brincadeira de saltos e paetês - com bebidas, cabelos e conversinhas da moda.

Eu gosto. Gosto. Mas gosto demais de coisas de mais - assim, primeiro junto, depois separado - porque não dá pra ser só baladinha sem cabeça. Shake'n'squeeze girls, maromboys e esses conjuntinhos mais de barbie e ken.
Me gusta, às vezes, mas ainda acredito que deve haver mais que isso. Tem que haver. Tem que haver preocupações maiores, músicas melhores, palavras mais doces e um pouco maior expressão estética. A gente é usado porque usa sem pensar. Nada faz muito sentido, nada tem muito sentido, a gente nunca quer dizer nada com nada.

E se digo assim, em confusão, é porque penso assim, em fluxo, em desordem. E não seria isso daqui o que é se eu me policiasse em organizar.
Digo assim, em retalhos porque desde a última rotação terrestre ganhei uma nova mania, um objetivo a perseguir: quero demais me traduzir em aparência. Tenho sido meio abafada por um carimbo que não condiz muito com a minha mente... E ela tá louca de vontade de se exibir...

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