quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

pra crescer também...

Tenho recusado todo o tipo de remendo... todo o tipo de semi-novo, de reciclado.
Não combina com o ano-novo, não combina com meu vestido novinho, não combina com a minha cabeça madura - recém construída, vale frisar.
É que, poxa, nunca fui das garotas mais sortudas do mundo, mas tenho a plena consciência de que despachei algumas oferendas de uns tempos para cá e sempre gostei demais da ideia de ser uma pessoa seletiva. E o motivo pra isso é simples: alguém que espera sofrer por tudo, tem o direito de pelo menos sofrer pelas coisas certas. Aliás, acabei de me lembrar de uma segunda razão: tenho uma dificuldade incrível de me lembrar do filme a que assisti semana passada, mas uma facilidade imensa de me apegar aos meus traumas. Ainda não domino a arte de perdoar sem me lembrar, não sei não cobrar, jogar na cara, sentir um ciúmes muito forte. Caramba, nunca fui um exemplo de segurança e bastam as penas que eu mesma sinto de mim, não admira que eu não lide bem com os males que já me causaram. São neuras bem concretas, bem mais pesadas que as minhas várias loucuras puramente ficcionais. E é pela plena consciência de que não consigo administrar isso que pulo fora de qualquer vigésima tentativa - e quando fui fraca e aceitei as segundas, terceiras e décimas, invariavelmente me dei mal.
Não consigo carregar malas pesadas, históricos assustadores, traumas e inseguranças, sinto muito.
E tem mais... não consigo também insistir no que a princípio não me agrada muito. É que acho que paixão é uma coisa que surge muito rápido e eu ainda sou meio romântica pra aturar situações desprovidas de muita magia - dessas mesmo que se perdem em 2 semanas, mas que seja.. ainda é friozinho na barriga, ainda é empolgação infantil e me desculpa, mas é a minha única exigência inicial. Já aguentei todo tipo de idiota, mas todos com a capacidade de me despertar algum tipo de expectativa. E não estou dizendo que fossem duradouros não, mas pelo menos podem ser chamados reincidentes.

Anyway, que apareçam nesse mundo menos pessoas atraentes e mais pessoas interessantes. Porque atração dá e passa, interesse se sustenta. Que preencham-se as almas ao invés de ocupar o olhar.
Um mínimo de profundidade é altamente recomendável em qualquer tipo de intelecto...

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