E eu tenho um medo enorme de pronunciar em voz alta, que eu to muito perto de achar que as coisas já padecem, que ela já agoniza por dentro.
Eu me recuso mesmo a falar, parece que em som fica mais grave, mais triste. Parece que a falta de anúncio disfarça a verdade.
Mas o gostinho de final tá nela, em pensamento, pelo menos.
E ela tem corrido desesperada, atrás da sua indefectibilidade perdida. Da sua recém envelhecida fantasia. E dentre os seus tantos carmas esse aqui talvez fosse mais um. Talvez houvesse prazo de validade, houvesse início, meio e fim, não sei.
Ou início e fim, pode ser também. Não sei se ainda há - ou se houve - tempo pra meios.
Meio chato, meio absurdo, meio deprimente até. Não devia. Não devia se esvair assim tanto sabor e tanto cheiro de vida.
E não é que não haja vontade. Há muita. Mas é como se as partes fossem parando de lutar... Ou pior, fossem confundindo tudo e começando a se atacar. Se onfeder e se ferir. E aos poucos o todo vai se desgastando. E ela começa a se culpar, a questionar a própria sanidade mental.
E no mais triste filme, ela agora é tão central. E tá de volta a música triste no rádio ligado: "Onde está você agora?"
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